quarta-feira, 22 de setembro de 2010

RECOMENDAÇÕES PARA UMA PERFEITA INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS.

Segundo o apóstolo Paulo em 1 Co 2.14: “Quem não tem o espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucuras; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente”. Assim, para interpretarmos adequadamente as Escrituras Sagradas precisamos de uma disposição singular, especial, que nos permita efetivamente alcançar o seu conteúdo. Eis algumas recomendações:
Ter espírito respeitoso – Se você for uma pessoa irreverente, certamente não alcançará o milagre da Soberana Graça de Deus contida na Bíblia. Sua leitura será superficial ou até vulgar; assim como você lê uma revista qualquer, uma história em quadrinhos, etc. Portanto, é preciso ter reverência à Palavra de Deus. Encontramos em Isaías 66.2, a seguinte afirmativa: “A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha Palavra”.
Ter espírito dócil – Ao pegarmos a Bíblia para ler é preciso que estejamos em estado de paz interior, de mansidão e de obediência; desprovidos de opiniões ou idéias pré-concebidas que são colocadas em nós pelo deus deste século que cega o entendimento. É  necessário  que  deixemos   Deus  nos mostrar  o  verdadeiro   caminho (Sl 25.9).
Ser amante da verdade – Deus abomina a mentira, portanto, temos que desenvolver um coração desejoso por conhecer tão somente a verdade. Para tanto, além de muitas outras coisas, é por demais importante colocarmos logo um freio na nossa língua e bondade e justiça em nosso coração. Em I Pe 2.1,2, a Palavra diz: “Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação”.
Ser paciente no estudo – Em tudo na vida precisamos ser pacientes, e mais ainda no estudo das Escrituras. Parafraseando, cito um ditado popular que diz: “o apressado come cru” – e é verdade (os churrasqueiros que o digam). Temos que exercitar a paciência para podermos examinar tudo com profundidade. O Salmista diz: “Como são doces para o meu paladar as tuas Palavras! Mas que mel para a minha boca” (Sl 119.103). Vê-se, dessa maneira, que ele se delicia na Palavra de Deus – Isto só é possível no exercício da paciência.
Ser prudente em tudo – Ser prudente é saber avançar paulatina e cuidadosamente em tudo na vida. É começar a leitura pelo assunto mais simples e avançar até o mais complexo. Mas também é exigível que se tenha a humildade necessária ao Estudo Bíblico, qual seja, a de pedir a Jesus o entendimento da Palavra. Em Lc 24.45, consta que: “Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras”. Observa-se aqui a prudência dos discípulos de Jesus em lhe suplicar que lhes concedesse o entendimento da Palavra.
Ev. Roberto Basto. IBVB-PE.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A OBRA DOS ANJOS MAUS

Resumo de um Trabalho de Teologia sobre Doutrina Bíblica: Angelologia

É bem extraordinário o fato de que, apesar de haver um grande número de referências aos anjos maus encontramos muito pouco que indique qual a sua obra específica, ou seja, qual o seu principal objetivo.
Eles podem ter sido “lançados por Deus” para o meio do povo mau. Nos Salmos 78.49 (Salmos de Asafe), falando do juízo de Deus sobre o “Egito”, o salmista diz: “Lançou contra eles o furor da sua ira, cólera, indignação e calamidade: legião de anjos portadores de males”. A natureza da sua obra não está especificada, mas parece estar subentendido que foram enviados para atormentar e molestar aquele povo ímpio e desobediente, que amava Deus, apenas de Palavra, mas não de coração.
Eles se esforçam para “separar o crente de Cristo”. O apóstolo Paulo exclama exultantemente: “Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38,39). Não resta a menor dúvida que sofrimentos físicos, perseguições religiosas, calúnias contra os crentes, contra Deus e Sua Palavra são os métodos principais usados por esses anjos caídos para executarem suas tarefas mais cruéis.
Eles se “opõem aos anjos bons” em sua obra: “Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, e que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas palavras é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por 21 dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia”  (Dn 10.12,13). Pode ser por uma razão semelhante a esta que as respostas às nossas orações sejam, muitas vezes, retardadas.
Eles “cooperam com satanás” na execução dos propósitos e planos dele    (Mt 25.41; Ef 6.12;  Ap 12.7–12).
Cuidado, amados irmãos, com as artimanhas dos anjos maus!