terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CONCEITUANDO MISSÕES: como fidelidade ao Senhor

Missão não é um processo que pode ser definido em termos de resultados, mas sim, em termos de fidelidade ao Senhor. A ação missionária, na “visão de Deus”, não se define contabilmente, mas pela postura de corações que tenham o “Caráter de Cristo” (Gl 5.22).
Voltemos 2000 anos na história, para a região da Palestina, e imaginemos um homem forte, de barba suja, vestido de peles de camelo, cinto de couro, calçando sandálias desgastadas e cheias de barro, carregando na bolsa, apenas, um pouco de gafanhotos e mel silvestre. Este era João Batista, “a voz do que clama no deserto”. Sua palavra era dura, ele falava sobre o machado posto sobre as “raízes das árvores”, sobre a palha queimada “em fogo inextinguível”, e usava apelos fortíssimos do tipo “raça de víboras” (Mt 3.10,12; Lc 3.7,17).
E eis que, neste contexto, surge outro homem, de voz mansa, de vestimentas simples, que vivia rodeado de pessoas comuns que o seguiam, porque Ele Ensinava, Pregava e Curava os enfermos, exercendo um ‘tríplice ministério’ como homem (Mt 4.23). Este era JESUS, que ao contrário de João, falava-lhes sobre o Evangelho e as Boas Novas do Reino.
Jesus apresenta uma maneira nova de se viver; uma forma evangélica e santa de vida. Um tipo de vida em que “o marido não mais exerce o domínio sobre a sua esposa”, apenas a ama e lhe dá carinho, e vive com companheirismo, fidelidade e respeito; “o perseguido não odeia os que o atormentam, mas ora por eles”; “os santos não organizam revoluções contra as autoridades, antes intercedem por elas”. E desse novo modo de viver, – ‘onde o menor é o maior’; – ‘só se torna forte o que reconhece a fraqueza’; – ‘morrer é ganho’; – ‘só ganha a vida quem primeiro a perde’, etc., podemos dizer: isso sim é evangelho! É o recipiente dos valores de Deus para um novo povo, os “do caminho do Senhor”.
Verificamos assim, que não basta falar sobre missões, ou financiar missões e nem tampouco enviar missionários ao campo, sem que antes obedeçamos aos preceitos de Deus: uma metamorfose de vida e uma completa fidelidade a Ele. Se você deseja se envolver com esta obra, primeiramente olhe para a sua vida, e se necessário for, limpe a sua alma perante o Senhor, repudie o pecado, permita-se ser transformado pelo Espírito Santo e grave em seu coração: “Santidade ao Senhor”.
Fazer missão é expandir o Reino de Deus sobre a terra, entretanto, somente homens cheios do Espírito alcançarão o mundo. É preciso haver santidade de vida e compromisso efetivo com Deus. É preciso que nos perguntemos: Até onde estamos dispostos a ir por Jesus? E se a resposta for grandiosa e fiel, aí sim, devemos nos envolver com missões.
Ev. Roberto Basto, IBVB-PE.
Publicado no Informativo Canaã–SEMIC nº 003, de setembro de 2007.
Correspondente de Missões da Igreja Evangélica Missionária Canaã, na época.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SUA NOVA IDENTIDADE

Quando você aceita Jesus como seu único Senhor e Salvador, você adquire uma nova Identidade. A Palavra diz em Romanos 10.9,10: “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” – “Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz a confissão para a salvação”, e em 2 Coríntios 5.17: “...Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” Logo, estar em Cristo é ser Nova Criatura.
A cada dia que passa, de agora em diante, o “novo” vai tomando o lugar do “velho”. É impressionante ver todas as mudanças que ocorrerão na sua vida. Não importa mais quem você era, e nem o que pensavam ou que ainda podem pensar de você, o que você fazia ou deixava de fazer, etc. Interessa sim, quem você é agora, quais as suas atitudes daqui por diante!
Você foi premiado com uma nova vida, um novo espírito, um novo coração, um novo nome, uma nova natureza, uma nova mente, uma nova linguagem, uma nova autoridade, um novo propósito, um novo estilo de vida e uma nova maneira de ser e viver. Além do mais, o seu nome foi escrito no Livro da Vida. É pouco?
Então, acrescente que você agora também faz parte da família de Deus e é co-herdeiro do Seu Reino em Cristo Jesus. A Palavra diz em Efésios 1.5: “E nos predestinou para filhos de adoção por Cristo Jesus, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade”.
Assim, você foi adotado na família de Deus e acabou de se tornar um verdadeiro cristão.
Esta é a sua nova Identidade, que tal? Gostou?

Evangelista Roberto Basto.
IBVB-PE, Recife, 2009.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

TER FÉ / CRER (Definições, oDicionário Bíblico e a Bíblia Sagrada).

1. FÉ – Definição literal: Adesão espiritual absoluta ao que se considera verdadeiro.
E ainda:
1.1 – É a confiança em Deus e na sua Palavra. 
1.1.1. Mateus 15.28: “Então lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.
1.1.2. Em Marcos 11.21-23: “Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou”. “Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus”; “Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a esse monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas ‘crer’ que se fará o que diz, assim será com ele”.
1.1.3. Em Lucas 17.5: “Então, disseram os Apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a ”.    
 * Quando você se sentir fraco na fé, peça a Jesus para aumentá-la.
 1.2 – É a Confiança na Obra Salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios.
1.2.1. Romanos 1.16: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”;
1.2.2. Romanos 1.17: “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo viverá por fé”.
1.3 – É a doutrina revelada por Deus.
1.3.1. Tito 1.4: “A Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador”.
Obs: A fé comum é misericórdia, graça e paz, tudo concedido por Deus.

2. CRER  – Definição literal:  acreditar em alguma coisa ou alguém.
2.1. É ter (é ter por certo, é ter por verdadeiro).
2.2. Gênesis 15.6: “Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça”.
2.3. Romanos 10. 4-14 (ler todo).

Destacando algumas partes da citação acima: Justiça para todo aquele que crê – Justiça decorrente da – A Palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração, isto é,  – A Palavra da fé que pregamos;
– Romanos 10.9:Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.  
 – Romanos 10.10:Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. – Todo aquele que nEle crê. –  Que invocar o Seu nome – Como invocarão os que não creram? – Como crerão os que nada ouviram? – Como ouvirão se não há quem pregue?

Conclusões
1. A Palavra diz em Hebreus 11.6: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam”.
2. A vida de uma pessoa qualquer é governada por tudo aquilo que ela acredita. Já a vida do verdadeiro cristão é governada por Aquele em quem ele crê e confia.
3. A Fé Salvífica é entrega, é doação por inteiro, e não, apenas, um simples acordo intelectual com Deus.
4. Se você crê, é porque tem fé. A fé é o ‘crer para ver’, e não o ‘ver para crer’ do homem (visão limitada do homem incrédulo).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

RECOMENDAÇÕES PARA UMA PERFEITA INTERPRETAÇÃO DAS ESCRITURAS.

Segundo o apóstolo Paulo em 1 Co 2.14: “Quem não tem o espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucuras; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente”. Assim, para interpretarmos adequadamente as Escrituras Sagradas precisamos de uma disposição singular, especial, que nos permita efetivamente alcançar o seu conteúdo. Eis algumas recomendações:
Ter espírito respeitoso – Se você for uma pessoa irreverente, certamente não alcançará o milagre da Soberana Graça de Deus contida na Bíblia. Sua leitura será superficial ou até vulgar; assim como você lê uma revista qualquer, uma história em quadrinhos, etc. Portanto, é preciso ter reverência à Palavra de Deus. Encontramos em Isaías 66.2, a seguinte afirmativa: “A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha Palavra”.
Ter espírito dócil – Ao pegarmos a Bíblia para ler é preciso que estejamos em estado de paz interior, de mansidão e de obediência; desprovidos de opiniões ou idéias pré-concebidas que são colocadas em nós pelo deus deste século que cega o entendimento. É  necessário  que  deixemos   Deus  nos mostrar  o  verdadeiro   caminho (Sl 25.9).
Ser amante da verdade – Deus abomina a mentira, portanto, temos que desenvolver um coração desejoso por conhecer tão somente a verdade. Para tanto, além de muitas outras coisas, é por demais importante colocarmos logo um freio na nossa língua e bondade e justiça em nosso coração. Em I Pe 2.1,2, a Palavra diz: “Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação”.
Ser paciente no estudo – Em tudo na vida precisamos ser pacientes, e mais ainda no estudo das Escrituras. Parafraseando, cito um ditado popular que diz: “o apressado come cru” – e é verdade (os churrasqueiros que o digam). Temos que exercitar a paciência para podermos examinar tudo com profundidade. O Salmista diz: “Como são doces para o meu paladar as tuas Palavras! Mas que mel para a minha boca” (Sl 119.103). Vê-se, dessa maneira, que ele se delicia na Palavra de Deus – Isto só é possível no exercício da paciência.
Ser prudente em tudo – Ser prudente é saber avançar paulatina e cuidadosamente em tudo na vida. É começar a leitura pelo assunto mais simples e avançar até o mais complexo. Mas também é exigível que se tenha a humildade necessária ao Estudo Bíblico, qual seja, a de pedir a Jesus o entendimento da Palavra. Em Lc 24.45, consta que: “Então lhes abriu o entendimento, para que pudessem compreender as Escrituras”. Observa-se aqui a prudência dos discípulos de Jesus em lhe suplicar que lhes concedesse o entendimento da Palavra.
Ev. Roberto Basto. IBVB-PE.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A OBRA DOS ANJOS MAUS

Resumo de um Trabalho de Teologia sobre Doutrina Bíblica: Angelologia

É bem extraordinário o fato de que, apesar de haver um grande número de referências aos anjos maus encontramos muito pouco que indique qual a sua obra específica, ou seja, qual o seu principal objetivo.
Eles podem ter sido “lançados por Deus” para o meio do povo mau. Nos Salmos 78.49 (Salmos de Asafe), falando do juízo de Deus sobre o “Egito”, o salmista diz: “Lançou contra eles o furor da sua ira, cólera, indignação e calamidade: legião de anjos portadores de males”. A natureza da sua obra não está especificada, mas parece estar subentendido que foram enviados para atormentar e molestar aquele povo ímpio e desobediente, que amava Deus, apenas de Palavra, mas não de coração.
Eles se esforçam para “separar o crente de Cristo”. O apóstolo Paulo exclama exultantemente: “Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38,39). Não resta a menor dúvida que sofrimentos físicos, perseguições religiosas, calúnias contra os crentes, contra Deus e Sua Palavra são os métodos principais usados por esses anjos caídos para executarem suas tarefas mais cruéis.
Eles se “opõem aos anjos bons” em sua obra: “Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, e que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas palavras é que eu vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por 21 dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia”  (Dn 10.12,13). Pode ser por uma razão semelhante a esta que as respostas às nossas orações sejam, muitas vezes, retardadas.
Eles “cooperam com satanás” na execução dos propósitos e planos dele    (Mt 25.41; Ef 6.12;  Ap 12.7–12).
Cuidado, amados irmãos, com as artimanhas dos anjos maus!