segunda-feira, 28 de maio de 2012

PERFIL DE UM MINISTRO – partes I a III

Trabalho realizado para o Seminário de Teologia-SPN
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.”(1 Tm 3.1)

PARTE I
O verdadeiro Ministro deve proclamar o evangelho com amor e trazendo as Boas Novas da Salvação, ou seja, levando a Palavra de Deus ao público, ensinando-a com base na Bíblia Sagrada, com o intuito de fazê-lo entender claramente a Palavra, com convencimento (fé), possibilitando a conversão das pessoas ao cristianismo (1 Tm 4.6).

A PREGAÇÃO
Sua pregação deve ser bíblica, e levando as pessoas ao arrependimento dos seus pecados e à aceitação de Cristo Jesus como seu único salvador. É como dizia João Evangelista na sua pregação: “Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus” (Mt 3.2), e Jesus em Jo 14.6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

CARACTERÍSTICA DO PREGADOR
O pregador deve ter como característica principal proferir a Palavra  mantendo a relação triangular:  pregador » Deus » ouvinte, sempre no propósito de oferecer uma mensagem que possa levar o ouvinte a Deus. A palavra de Deus diz que a fé vem pelo ouvir a Palavra.

Podemos enumerar ainda diversas outras características:

DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL
• Ter chamado para a obra (Mt 28.19);
• Conhecer Deus:  (At 4.13);
• Ter mensagem (At 5.20);
• Ter unção (2 Rs 2.9);
• Ter autoridade/ousadia (Mc 1.21). 

 DO PONTO DE VISTA TÉCNICO
• Dom da Palavra (Rm 12.6-8);
• Conhecimento da Palavra (2 Tm 2.15);
• Manejo da Palavra (2 Tm 2.15);
• Guardar a Palavra no coração (Sl 119);
• Instrumento (2 Tm 2.15).

PARTE II
DO PONTO DE VISTA ÉTICO (algumas das coisas que não deve fazer)
• Uma segunda apresentação;
Manter a mão no bolso ou na cintura;
• Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia;
• Exibir lenços sujos;
• Usar roupas extravagantes;
• Praticar gestos impróprios;
• Contar anedotas, ou usar vocabulário vulgar;
• Deixar de fazer leitura do texto (a leitura deve ser com todos de pé);
• Chegar atrasado;
• Querer aparecer.

QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR EM OUTRA IGREJA
• Levar em conta as normas doutrinárias, litúrgicas e teológicas da Igreja em questão;
• Evitar a abordagem de questões teológicas muito complexas;
• Não pedir que a congregação faça algo que não esteja de acordo com os preceitos;
• Procurar estar dentro dos padrões da denominação;
• Procurar dar conotação evangelística às mensagens;
• Respeitar o horário (mesmo que seja pouco tempo);
•Conversar sempre com o Pastor da Igreja antes do início do culto.

QUANTO AOS SEUS DEVERES
Os deveres se encontram narrados em 1 Tm 3. 2-7.

QUANTO AO SERMÃO
• Observar a estrutura do seu sermão, que deve ter: alvo ou objetivo, texto bíblico, tema, introdução, corpo, conclusão e apelo;
• Observar os tipos de sermão que podem ser: temáticos, textuais, expositivos;

QUANTO AO TEXTO BÍBLICO
• O texto dá ao sermão a autoridade da Palavra de Deus;
• O texto constitui a base e a alma do sermão;
• Através da pregação por texto, o pregador ensina a Palavra de Deus;
• O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do texto;
• O texto limita e unifica o sermão;
• Permite uma maior variedade das mensagens;
• O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.

PARTE III
8 - QUANTO À EXEGESE
8.1 - Ler o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão;
8.2 - Reproduzir o texto com suas próprias palavras;
8.3 - Observar o texto imediato e remoto;
8.4 - Verificar a linguagem do texto (história, milagre, ensino, parábola, etc);
8.5 - Pesquisar o significado das principais palavras;
8.6 - Fazer anotações;
8.7 - Pesquisar o contexto (época, país, costumes, tradição, etc);
8.8 - Perguntar sempre: onde? O que? Quem?
8.9 - Organizar o texto em seção principal e secundária;
8.10 - Resumir com a seguinte frase: “o assunto mais importante deste texto é”.

9 - QUANTO AO TEMA
9.1 - Deve conter a idéia principal e o objetivo da mensagem, ser estimulante, despertar o interesse, a curiosidade, a atenção, ser claro, simples e preciso, oportuno e obedecer ao texto;
9.2 - Pode ser dos tipos: interrogativo, lógico, imperativo e enfático.

10 - QUANTO ÀS ILUSTRAÇÕES
10.1- São recursos usados para o enriquecimento e esclarecimento de uma mensagem;
10.2 - Oferecem uma história ou parábola para ensinar alguma coisa;
10.3 - A ilustração não substitui o texto bíblico, apenas, serve como um recurso didático para facilitar o entendimento do texto;
10.4 - Podem ser: históricas e contextuais, de conhecimento intelectual, metafórica ou alegórica, e de experiência pessoal.

11 - QUANTO AO APELO
11.1 - O apelo ou chamada deve ocorrer logo após a pregação;
11.2 -  Temos dois tipos de apelo:
11.2.1 - Conversão ou reconciliação, aos ímpios e aos desviados;
11.2.2 - Restauração, que é dirigido à Igreja.

12 - QUANTO AO ENSINO
12.1 - Deve ensinar sempre com base na Palavra de Deus, que é a Bíblia Sagrada.
12.2 - O ensino requer pesquisas e conhecimento da Palavra;
12.3 - Deve ensinar com o objetivo de esclarecer o público e de fazê-lo absorver os ensinamentos sobre a Palavra de Deus (aprender e apreender);
12.4 - Como a pregação, o ensino deve ser para a honra e glória de Deus.

Aluno: Roberto Basto Nunes

BIBLIOGRAFIA
Apostila do curso;
Livro: Ministrando a Palavra de Deus;
Bíblia Sagrada.

Recife, 25 de março de 2006.